É insuportável ver os ministros, secretários de estado e outras figuras avulsas com badges da bandeira de Portugal na lapela. Lembro-me de que, há alguns anos, durante os governos de Durão Barroso e Santana Lopes, os ofícios da Função Pública, internos e externos,tinham as palavras Portugal em Acção por cima de uma bandeirinha desfraldada ao vento. Recuando mais no tempo, até meados dos anos setenta do século vinte, os ofícios, circulares e cartas oficiais e oficiosas do Estado terminavam com uma frase: A Bem da Nação.
Esta espécie de sintonia talvez não tenha uma conotação política mas sim cultural. Mas não deixa de ser intrigante. E lamentável: o que levará esta gente a proclamar e a pavonear o seu patriotismo? Que tipo de pessoas é que quererão sensibilizar, impressionar, tocar? Os jovens que aconselham a emigrar? A classe média que estão a espoliar? Os saudosistas de todos os passados? Ou será apenas puro exibicionismo entre iguais, do género eu-também-pertenço-ao-clube?
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